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Ansiedade e Depressão em tempo de Pandemia

Ansiedade e Depressão em tempo de Pandemia

Ansiedade e Depressão em tempos de Pandemia

 Dra Edna Paciência Vietta

 

                                                                    

 

A preocupação excessiva se torna problemática quando não se consegue controlar as situações que surgem no dia a dia. Como seres humanos, estamos sempre nos preocupando com alguma coisa, seja com problema no trabalho, problemas financeiros, com nossa saúde, com a saúde de nossos familiares e na atualidade, além de todos esses problemas, nos preocupamos com os risco de contaminação e suas consequências, relacionados com a pandemia causada pelo Coronavirus Sars coV-2. O isolamento social e a disseminação da Covid-19 têm sido a razão de desconfortos diversos com repercussão em todos os setores da vida, abrangendo inclusive o sistema político e geopolítico.

Antes da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontava o Brasil como o país mais ansioso do mundo. Na atualidade, esse quadro complicou ainda mais, aumentando consideravelmente esse sintoma. Dessa forma, mais do que nunca, é preciso cuidar da saúde física, psíquica e social das pessoas. A ansiedade e a depressão tem sido a grande preocupação desde o início do aparecimento do coronavírus. Desde que o isolamento social foi implementado, como medida preventiva contra a nova doença, tivemos que nos adaptar a novos comportamentos e rotinas. Diante de tantas mudanças, é normal que o nosso corpo e nossa mente sintam esse impacto.

Ansiedade e a depressão tem sido os transtornos mais comuns entre os brasileiros durante a pandemia, não só pelo vírus em si, mas, também pelo desemprego em massa e suas consequências.    O isolamento social tende a ser uma experiência desagradável, pois é preciso separar-se de pessoas queridas, abrir mão da liberdade e sofrer com a incerteza sobre a doença. Afinal, o isolamento social, o  medo e as incertezas são gatilhos para ativar nossos esquemas mentais e provocar sintomas ansiosos e depressivos.O The New England Journal of Medicine, um dos periódicos mais respeitados no mundo, já publicou um editorial retratando essa nova realidade.

A ansiedade é uma emoção que faz parte da vida e é importante para nossa sobrevivência, mas torna-se problema quando  passa  a gerar um sofrimento intenso. É o termo geral usado para caracterizar distúrbios que causam angústia, medo, apreensão, nervosismo e irritação. É uma reação natural a qualquer situações de estresse na vida, como uma entrevista de emprego ou na véspera de um exame, ou até mesmo na expectativa diante de um diagnóstico médico. O pior acontece quando esses sentimentos são vivenciados de forma intensa e bastante frequente, comprometendo a qualidade de vida e a saúde emocional.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade, que inclui, além do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), as Fobias, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o Estresse Pós-Traumático e os Ataques de Pânico. Com a pandemia, os casos de ansiedade aumentaram em 80%, de acordo com levantamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

A pandemia do coronavírus impactou a sociedade e todos os indivíduos em diversas esferas. Primeiramente, houve um grande impacto no âmbito financeiro, uma vez que empreendimentos, comércios e outros tipos de negócios tiveram que ser interrompidos, o que resultou na perda de empregos e falência de empresas. Consequentemente agravou os quadros de quem já tem transtorno de ansiedade e até mesmo quem já estava com algum quadro emocional estabilizado. Ainda segundo a a (OMS), o número de pessoas com depressão aumentou muito na última década. Atualmente, quase 5% da população do globo (cerca de 330 milhões de indivíduos) convive com esse transtorno e as suas repercussões no cotidiano. Infelizmente, o Brasil ocupa uma posição de destaque nesse contexto. Estima-se que a maior taxa de depressão do continente latino-americano está entre os brasileiros, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.

A depressão é uma doença psiquiátrica na qual a pessoa sente tristeza profunda, baixa autoestima e sentimento de culpa recorrente, distúrbios do sono e do apetite, perda de prazer ou de alegria nas atividades e relações pessoais, e desmotivada, sem energia, podendo apresentar ideação suicidas. Tanto na ansiedade quanto na depressão podem ocorrer falta da libido, mal-estar e cansaço frequente, sudorese, taquicardia (coração acelerado), dores e sintomas físicos, entre outros. A pessoa se sente paralisada e incapaz, seja pelo medo, angústia ou falta de motivação e, sobretudo, o medo de ser contaminado pelo vírus e sofrer as consequências da doença.

O número de óbtos pelo coronavírus, despertou um grande alerta na população, que teme principalmente pelos mais velhos e pessoas com morbidades, ou seja, portadores de outras enfermidades pré-existentes como, Diabetes, Obesidade, Doenças cardíacas, Doenças autoimunes, etc. . Os impactos no comportamento podem ser inúmeros , entre eles podemos citar, sintomas físicos, como tremores, agitação, dores de cabeça, cansaço, palpitação. Também é comum vivenciar momentos de tristeza, solidão, incapacidade, frustração e instabilidade emocional com episódios frequentes de choro, se sentir desorientado e até mesmo, manifestações de ideação suicida.

Dra Edna Paciência Vietta

Psicóloga Cognitivo comportamental / Terapia do Esquema/ Ribeirão Preto